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    Todas as máquinas robóticas usam sistemas e linguagens para serem controladas por alguém que determina seu funcionamento e a tarefa a ser realizada. Sua correta adaptação e facilidade de manuseio são aspectos que determinam o desempenho obtido por meio da programação. Apesar de a programação de robôs ter avançado muito nos últimos anos, ela ainda mantém fatores básicos em seus procedimentos. No artigo de hoje, contamos todos os métodos usados para programar na robótica para uma maior compreensão.

    Se você deseja se dedicar a esse mundo de forma profissional, não perca nossa dupla titulação em Robótica e Automação Industrial.

    Em que consiste a programação de robôs industriais?

    A programação de robôs industriais consiste em projetar e configurar as instruções que controlam o movimento, as ações e a interação de um robô dentro de um ambiente de produção. Ela se concentra em otimizar tarefas repetitivas, precisas e de alta velocidade em setores como manufatura, automotivo, eletrônica e logística.

    Classificação da programação robótica

    A programação robótica pode ser explícita, quando o operador é responsável pelas ações de controle e pelas instruções que insere. Também pode se basear na modelagem do mundo exterior, quando a tarefa e o ambiente são descritos e o próprio sistema toma as decisões.

    A programação explícita é a utilizada em aplicações industriais e inclui duas técnicas: programação gestual e programação textual. Existem várias formas de programar robôs industriais, dependendo da tarefa, do robô e da indústria:

    1. Programação Manual ou “Teach Pendant”

    • O operador usa um controlador físico (Teach Pendant) para mover o robô manualmente e registrar posições específicas.
    • É ideal para tarefas repetitivas, como soldagem, montagem e pintura.
    • Fácil de aprender, mas pode ser lenta ao configurar trajetórias complexas.

    2. Programação “Lead-Through”

    O braço do robô é guiado fisicamente para registrar movimentos.
    É usada em robôs colaborativos (cobots), especialmente na indústria automotiva e manufatureira.
    Requer menos conhecimento técnico, mas é menos precisa que outros métodos.

    3. Programação Offline (OLP – Offline Programming)

    Movimentos são criados e simulados em um computador antes de serem enviados ao robô.
    Permite desenhar trajetórias e detectar erros sem interromper a produção.
    É usada em indústrias onde a precisão é essencial, como robótica cirúrgica ou montagem eletrônica.

    4. Programação baseada em código

    Utiliza linguagens específicas, como:

    • KRL (KUKA Robot Language) para robôs KUKA
    • RAPID para ABB
    • VAL3 para Stäubli
    • PalletPRO/PalletTool para Fanuc

    Oferece máxima flexibilidade e controle, mas exige experiência em programação.

    5. Programação gestual

    O operador guia o braço do robô diretamente ao longo da trajetória que ele deve seguir. Cada parte do caminho é registrada na memória e depois repetida. A programação gestual trabalha “online” e se divide em duas categorias:

    • Aprendizado direto: o ponto final do braço é movido com a ajuda de um dispositivo especial no pulso, ou usando um braço mestre ou manequim. Os deslocamentos são memorizados e depois repetidos pelo robô. Tem poucas possibilidades de edição, já que criar uma trajetória contínua exige muitos pontos; reduzir pontos pode gerar descontinuidades.
    • Dispositivo de ensino: determina as ações e movimentos do braço manipulador usando um elemento específico para esse objetivo. As operações são ajustadas para formar o programa de trabalho. O dispositivo de ensino normalmente inclui botões, teclas, pulsadores, luzes indicadoras ou eixos giratórios.

    6. Programação textual

    O programa é formado por um texto de instruções, sem necessidade de intervenção direta do robô, ou seja, é feita “offline”. O operador não determina diretamente as ações do braço; elas são calculadas pelo programa com instruções textuais.

    A programação textual permite edição completa. O robô só intervém na fase final de ajustes. Dentro dela, existem dois grupos principais:

    • Programação textual explícita
    • Programação textual especificativa

    Linguagens de programação para robôs

    A maioria das linguagens é escrita em texto normal, facilitando a leitura humana. Esses programas são reunidos em código-fonte para execução pelo processador.

    Existem diferentes linguagens disponíveis, como C/C++, Java, Fortran, Python, entre outras. A mais usada em robótica é C/C++ (C++ é um sucessor orientado a objetos do C). Python também é muito popular, principalmente durante a fase de testes das máquinas.